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Resumo:O dólar comercial iniciou a segunda-feira, 27 de outubro de 2025, em queda frente ao real, refletindo o otimismo gerado pelo encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, realizado no fim de semana na Malásia. Às 10h18, o dólar à vista caía 0,47%, sendo negociado a R$ 5,3674, enquanto o contrato futuro para novembro recuava 0,38%, cotado a R$ 5,3750.

Publicado em 27/10/2025
O dólar comercial iniciou a segunda-feira, 27 de outubro de 2025, em queda frente ao real, refletindo o otimismo gerado pelo encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, realizado no fim de semana na Malásia. Às 10h18, o dólar à vista caía 0,47%, sendo negociado a R$ 5,3674, enquanto o contrato futuro para novembro recuava 0,38%, cotado a R$ 5,3750.
O movimento acompanha o recuo global da moeda norte-americana em meio à expectativa de que o Federal Reserve mantenha sua política monetária estável na próxima reunião, marcada para quarta-feira. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, registrava queda de 0,10%, em 98,826 pontos, reforçando o cenário de alívio cambial.
No Brasil, o mercado reagiu positivamente às declarações conciliatórias de Lula, que descreveu a conversa com Trump como “surpreendentemente boa” e destacou o respeito mútuo entre ambos, apesar das divergências ideológicas. Essa percepção de aproximação diplomática e comercial entre os dois países trouxe ânimo aos investidores, reduzindo o apetite por proteção em dólar e impulsionando o real.
Em entrevista coletiva em Kuala Lumpur, Lula afirmou estar convencido de que Brasil e Estados Unidos chegarão a um acordo comercial em breve. O líder brasileiro disse que, se depender de ambos, “haverá acordo”, e reforçou que Trump demonstrou disposição em suspender tarifas de 50% sobre produtos brasileiros durante o processo de negociação.
A notícia foi bem recebida pelo mercado, que há meses vinha observando um endurecimento nas relações bilaterais e restrições comerciais impostas ao agronegócio e à indústria brasileira. Analistas destacam que a redução de barreiras tarifárias pode fortalecer o setor exportador e, consequentemente, aumentar a entrada de dólares no país, favorecendo a valorização do real.
A percepção de melhora no ambiente diplomático e a perspectiva de uma agenda comercial mais aberta criam espaço para uma tendência de alívio gradual no câmbio, principalmente se acompanhada de uma queda dos juros americanos e de estabilidade fiscal doméstica.
Ainda assim, economistas alertam que os próximos dias serão determinantes para medir a durabilidade dessa valorização, já que o mercado permanece atento às decisões do Banco Central do Brasil e às falas do Federal Reserve.
Para conter oscilações excessivas, o Banco Central realizou duas operações simultâneas de câmbio, conhecidas como “casadão”: a venda à vista de US$ 1 bilhão e a venda de 20 mil contratos de swap cambial reverso, também no valor de US$ 1 bilhão.
Essas operações têm efeito neutro na exposição cambial da autoridade monetária, mas aumentam a liquidez do mercado à vista, oferecendo estabilidade momentânea à taxa de câmbio. Além disso, o BC anunciou um leilão adicional de 49 mil contratos de swap cambial tradicional, para rolagem do vencimento de 3 de novembro.
A postura do BC reforça a intenção de suavizar movimentos bruscos e garantir liquidez em meio à volatilidade global. Desde o início do mês, a autoridade monetária tem adotado estratégias mais dinâmicas de intervenção, priorizando operações que reduzem a exposição ao dólar futuro e protegem o real contra especulação.
No cenário internacional, o mercado aguarda com cautela a decisão de política monetária do Federal Reserve, prevista para quarta-feira. A expectativa majoritária é de manutenção das taxas de juros, o que tende a desacelerar o fortalecimento do dólar globalmente e abrir espaço para a valorização de moedas emergentes, como o real.
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos mostrou sinais de moderação na inflação, o que reduz a necessidade de novas altas nos juros e diminui o apelo do dólar como ativo de proteção.
Ao mesmo tempo, a melhora nas negociações comerciais entre Brasil e EUA adiciona um componente de otimismo regional, que pode favorecer o fluxo de capital estrangeiro para mercados latino-americanos.
Esse movimento é reforçado pela recuperação de moedas como o peso mexicano e o peso chileno, que também registraram ganhos frente ao dólar nesta segunda-feira, refletindo uma tendência de desvalorização do dólar em relação a emergentes.
O dólar comercial fechou a última sexta-feira (24) em R$ 5,3930, e nesta segunda-feira já operava abaixo de R$ 5,37, sinalizando um alívio pontual no câmbio. Já o dólar turismo era vendido a R$ 5,595 e comprado a R$ 5,415, refletindo custos adicionais de operação e margens de lucro de casas de câmbio.
Para o consumidor, essa diferença é significativa. O dólar turismo, usado em viagens internacionais e compras no exterior, tende a subir mais lentamente quando o dólar comercial se valoriza, mas demora mais para cair quando a moeda americana recua.
Esse descompasso afeta diretamente quem planeja viajar ou realizar transações internacionais, reforçando a importância de acompanhar a tendência do câmbio e de planejar compras e remessas com antecedência.
A reunião entre Lula e Trump, além de seu impacto político, é interpretada pelos analistas como um marco de reaproximação econômica entre as duas maiores economias do hemisfério ocidental.
A possibilidade de suspensão temporária de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros abre espaço para aumento das exportações, especialmente de commodities agrícolas e industriais. Com mais entrada de dólares no país, o câmbio tende a se estabilizar em níveis mais baixos, reduzindo as pressões inflacionárias internas.
Segundo o economista Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, as negociações “abriram caminho para um novo capítulo nas relações comerciais” entre Brasil e Estados Unidos. O tom amistoso do encontro, segundo ele, melhora a percepção de risco país e fortalece o real.
Contudo, a cautela ainda domina parte do mercado, já que Trump afirmou após o encontro que “não sabe se algo vai acontecer, mas veremos”. A frase reflete a incerteza sobre a efetivação de um acordo comercial, o que limita movimentos mais expressivos no câmbio.
Os próximos dias devem manter o dólar em leve tendência de queda, com suporte técnico próximo a R$ 5,34 e resistência em R$ 5,40. Analistas técnicos destacam que o rompimento abaixo de R$ 5,35 pode abrir espaço para novas mínimas semanais, especialmente se o Federal Reserve sinalizar estabilidade nos juros.
No Brasil, o foco do mercado também se volta para os dados fiscais e de arrecadação, além das projeções de inflação. O governo tenta transmitir uma imagem de comprometimento com o equilíbrio fiscal, fator crucial para atrair investimentos externos e evitar desvalorização do real.
Caso o ambiente político se mantenha estável e o dólar global continue em queda, há potencial de o câmbio encerrar a semana abaixo de R$ 5,35, o que seria o melhor patamar desde o início de setembro.
A queda do dólar nesta segunda-feira (27) reflete um alívio momentâneo impulsionado por fatores políticos e diplomáticos — especialmente o encontro entre Lula e Trump, que trouxe esperança de retomada das relações comerciais bilaterais.
Contudo, é importante lembrar que a volatilidade cambial permanece elevada, influenciada por decisões do Federal Reserve, política fiscal brasileira e movimentos geopolíticos globais.
Para investidores e importadores, o cenário atual pede prudência e acompanhamento diário do mercado, já que qualquer mudança de tom nas negociações ou indicação de juros mais altos nos EUA pode inverter a tendência.
Enquanto isso, o real segue se beneficiando da combinação de otimismo político e expectativas moderadas de juros, abrindo espaço para novos fluxos de capital estrangeiro e para um ambiente cambial mais estável.
Em resumo, o encontro entre Lula e Trump funcionou como um catalisador de confiança temporário, mas a sustentabilidade dessa queda do dólar dependerá da consolidação de medidas econômicas e fiscais concretas nos próximos dias.
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