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Resumo:O ouro abriu esta terça-feira, 14 de outubro de 2025, com um novo recorde histórico: US$ 4.190,90 por onça-troy. Em reais, isso representa R$ 721,28 por grama, uma marca nunca antes vista no mercado financeiro. O avanço reflete o aumento da aversão ao risco, a intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além da forte demanda institucional e de bancos centrais que continuam impulsionando o metal precioso como ativo de proteção (safe haven).

Publicado em 14/10/2025
O ouro abriu esta terça-feira, 14 de outubro de 2025, com um novo recorde histórico: US$ 4.190,90 por onça-troy. Em reais, isso representa R$ 721,28 por grama, uma marca nunca antes vista no mercado financeiro. O avanço reflete o aumento da aversão ao risco, a intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além da forte demanda institucional e de bancos centrais que continuam impulsionando o metal precioso como ativo de proteção (safe haven).
Neste relatório, analisamos as projeções para o ouro em dólar e reais, as causas que sustentam essa escalada, os níveis técnicos mais importantes, e o que grandes bancos e analistas esperam para os próximos meses. O artigo também inclui alertas para investidores e especuladores sobre os riscos envolvidos na compra de ouro próximo aos picos históricos.
A cotação do ouro em Nova York subiu 0,5% no início do pregão, atingindo US$ 4.190,90 por onça, após fechar o dia anterior a US$ 4.108,60. No acumulado do mês, o preço já subiu 13%, enquanto no ano, o ouro registra valorização superior a 57%, a maior desde 1979. No Brasil, com o câmbio rondando os R$ 5,85, o preço por grama ultrapassou os R$ 721,28, impactando diretamente o mercado de joias, fundos atrelados e contratos futuros na B3.
A nova rodada de atritos entre Washington e Pequim está no centro do rally. Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro, o que gerou medo nos mercados globais. A China respondeu com taxas portuárias para navios americanos e restrições à exportação de terras raras, acirrando a guerra comercial. Esses movimentos aumentam a busca por ativos de segurança, como o ouro.
Segundo o CME FedWatch, há 97% de probabilidade de que o Fed corte os juros em sua próxima reunião de 28-29 de outubro. A taxa básica pode cair para o intervalo de 3,75% a 4,00%, o que diminui o custo de oportunidade de manter ouro — que não rende juros — e o torna mais atrativo que títulos públicos americanos.
Bancos centrais, especialmente de países emergentes, estão acelerando a diversificação de reservas, reduzindo exposição ao dólar. A estimativa é de compras mensais de 80 toneladas em 2025 e 70 toneladas em 2026, conforme dados da Goldman Sachs. Essa demanda institucional contínua sustenta o preço do ouro mesmo diante de eventuais correções.
Os ETFs de ouro já captaram mais de US$ 64 bilhões em 2025, incluindo um recorde mensal de US$ 17,3 bilhões em setembro. A negociação diária média ultrapassou US$ 6,5 bilhões, e o volume na COMEX saltou 58%, evidenciando o fortalecimento da tese de ouro como hedge contra incertezas macroeconômicas.
De acordo com a análise técnica no gráfico de 4 horas, o ouro apresenta um claro viés de alta, com suporte imediato em US$ 4.090, enquanto os níveis de suporte secundário aparecem nos US$ 4.050 e US$ 3.940.
Por outro lado, a resistência mais próxima está nos US$ 4.200, um nível psicológico importante. Se rompido, o próximo alvo técnico com base na extensão de Fibonacci (461,8%) está em US$ 4.278, podendo abrir caminho para marcas ainda mais ambiciosas nos próximos meses.
O Bank of America revisou sua projeção para US$ 5.000 por onça até o final de 2026, com média de US$ 4.400 no ano. A justificativa inclui o quadro fiscal americano expansionista, endividamento crescente, corte de juros com inflação em 3%, e o reposicionamento estratégico do dólar.
Abaixo, as projeções das principais instituições financeiras:
| Instituição | Preço Alvo (2026) | Preço Médio 2025 | Última Revisão |
| Bank of America | US$ 5.000 | — | 13 de outubro |
| Societe Generale | US$ 5.000 | — | 13 de outubro |
| Goldman Sachs | US$ 4.900 | US$ 3.400 | 7 de outubro |
| Standard Chartered | US$ 4.488 | — | 13 de outubro |
| Deutsche Bank | US$ 4.300 | US$ 3.291 | 17 de setembro |
| UBS | US$ 4.200 | US$ 3.800 | 12 de setembro |
A Bernstein Research também entrou no jogo, elevando sua previsão para US$ 4.000 como novo suporte até 2029, destacando Barrick Gold e Newmont como empresas beneficiadas com a alta.
O investidor brasileiro, por sua vez, enfrenta um dilema. Apesar da alta expressiva em reais (R$ 721,28/grama), comprar ouro agora pode envolver risco de correção técnica no curto prazo. Como apontou Darrell Fletcher, da Bannockburn Capital Markets, “comprar perto do topo esperando mais valorização imediata é uma estratégia arriscada”.
No entanto, o ouro segue como reserva de valor e instrumento de proteção, principalmente frente à instabilidade fiscal e política doméstica. Para quem pensa em alocação estratégica e diversificação, a entrada pode ser válida com visão de médio a longo prazo.
Os analistas destacam dois riscos principais para quem deseja entrar agora no mercado de ouro:
A compra em níveis elevados pode gerar prejuízos em correções de curto prazo, especialmente se a alta for interrompida por uma reversão na política monetária ou desescalada nas tensões geopolíticas.
Thomas Winmill, da Midas Funds, alerta: “o ouro é altamente especulativo, e depende de fatores políticos e macroeconômicos imprevisíveis”. Por isso, recomenda-se cautela, diversificação e limites de exposição.
Segundo especialistas, sim, desde que o investidor esteja ciente da volatilidade e adote uma estratégia bem definida. As projeções são positivas, mas o preço atual já embute muitas dessas expectativas. Comprar ouro exige:
O ouro brilha como nunca em 14 de outubro de 2025. Com recordes sucessivos, cotação em reais acima dos R$ 720 por grama, e projeções otimistas até 2026, o ativo se consolida como um dos principais instrumentos de proteção e diversificação globalmente. Ainda assim, o momento exige cautela e disciplina, principalmente para os investidores que pensam em curto prazo.
Se a tendência continuar, o ouro pode alcançar os US$ 5.000 por onça nos próximos 12 a 18 meses. Mas, se houver uma reversão no quadro fiscal e monetário dos EUA, correções podem ocorrer. Portanto, o investidor deve olhar além do preço de hoje — e manter a cabeça fria para não ser mais um a comprar no topo e vender no desespero.

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Os pontos de vista expressos neste artigo representam a opinião pessoal do autor e não constituem conselhos de investimento da plataforma. A plataforma não garante a veracidade, completude ou actualidade da informação contida neste artigo e não é responsável por quaisquer perdas resultantes da utilização ou confiança na informação contida neste artigo.
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