Resumo:O mercado forex e os ativos globais atravessam um período de fortes oscilações após o corte de juros anunciado pelo Federal Reserve nesta semana. A decisão, embora amplamente esperada, movimentou pares de moedas, commodities e criptomoedas, reforçando a percepção de que os próximos meses serão decisivos para investidores no Brasil e no mundo. Hoje, 18 de setembro de 2025, o foco está especialmente na cotação do ouro, mas também em ativos correlacionados, como petróleo, dólar, euro, libra, iene e Bitcoin, que ajudam a compor um quadro mais completo para quem atua no forex.

O mercado forex e os ativos globais atravessam um período de fortes oscilações após o corte de juros anunciado pelo Federal Reserve nesta semana. A decisão, embora amplamente esperada, movimentou pares de moedas, commodities e criptomoedas, reforçando a percepção de que os próximos meses serão decisivos para investidores no Brasil e no mundo. Hoje, 18 de setembro de 2025, o foco está especialmente na cotação do ouro, mas também em ativos correlacionados, como petróleo, dólar, euro, libra, iene e Bitcoin, que ajudam a compor um quadro mais completo para quem atua no forex.
Ouro Em Dólar E Em Real: Proteção Contra Incertezas
O ouro continua sendo visto como porto seguro diante da incerteza global. Hoje, a cotação internacional abriu em US$ 3.692,50 por onça, alta de 0,3% em relação ao fechamento anterior, acumulando ganhos de 5,9% apenas em setembro. Em 12 meses, a valorização impressiona: +43,6%.
No Brasil, o grama de ouro está cotado em aproximadamente R$ 628,90, refletindo não apenas a valorização global, mas também o comportamento do dólar frente ao real. Com a Selic mantida em 15% ao ano e os juros americanos em queda, a tendência é de maior fluxo cambial favorável ao real, mas isso não reduz o apelo do ouro como proteção.
Investidores atentos ao forex brasileiro precisam observar como o XAU/BRL responde a movimentos externos, já que a valorização do metal em dólar se soma ou se neutraliza diante da flutuação cambial local.
Projeções Para O Ouro: Curto, Médio E Longo Prazo
· Curto prazo (semanas): a tendência é de manutenção da força compradora, sustentada pela expectativa de mais cortes de juros nos EUA. O nível de US$ 3.700 por onça é visto como resistência imediata.
· Médio prazo (meses): caso os bancos centrais globais sigam em ciclos de afrouxamento, o ouro pode buscar os US$ 3.850 até o fim do ano.
· Longo prazo (anos): a perspectiva é positiva, mas dependerá da inflação global e da confiança no dólar como moeda de reserva. Se houver perda de credibilidade no dólar, o ouro pode alcançar US$ 4.000 já em 2026.
Petróleo: Recuperação Parcial Em Meio A Consolidação
O petróleo iniciou o pregão em queda, mas logo se recuperou, demonstrando a persistência de um movimento de consolidação. O WTI opera perto de US$ 63, enquanto o Brent testa os US$ 69. Ambos mostram resistência técnica nas médias móveis de 50 e 200 dias.
A abundância de oferta global e o temor de desaceleração econômica mantêm limites para a alta. Porém, a expectativa de maior demanda industrial, estimulada pelo corte de juros do Fed, pode sustentar preços mais elevados no médio prazo.
Projeções Para O Petróleo
· Curto prazo: movimentos laterais entre US$ 60 e US$ 65 no WTI.
· Médio prazo: possibilidade de retomada gradual até US$ 70, caso a economia global não dê sinais fortes de recessão.
· Longo prazo: oscilações ligadas à transição energética. Se a demanda estrutural cair, o petróleo pode se estabilizar em patamares mais baixos, afetando diretamente moedas ligadas a commodities.
Libra Esterlina E Dólar: Expectativa Pelo Banco Da Inglaterra
O par GBP/USD mantém suporte em 1,36, à espera da decisão do Banco da Inglaterra (BoE). O mercado aposta na manutenção da taxa em 4%, mas sinais de endurecimento podem impulsionar a libra.
Para traders, a região entre 1,36 e 1,3720 é crítica: uma quebra abaixo pode levar a 1,3480, enquanto uma recuperação acima reacenderia a busca por 1,3790.
Esse cenário ressalta como eventos de bancos centrais continuam sendo gatilhos imediatos de volatilidade no forex.
Iene E Dólar: Expectativa Pelo Banco Do Japão
O USD/JPY segue em faixa estreita entre 146,25 e 148,60, refletindo a espera pela decisão do Banco do Japão (BoJ), que deve manter os juros em 0,5%.
A moeda japonesa pode ganhar fôlego caso o mercado perceba sinais de aperto futuro, especialmente diante das eleições políticas marcadas para outubro. Para traders brasileiros, acompanhar esse par é útil como termômetro da força do dólar global.
Euro Frente Ao Dólar: Correção Após Alta Recente
O EUR/USD recuou levemente para a região de 1,18, após recente valorização. O mercado já precificava cortes do Fed, mas qualquer sinal de preocupação exagerada com a economia americana pode fortalecer o dólar, revertendo parte dos ganhos do euro.
No médio prazo, a trajetória dependerá de como o Banco Central Europeu (BCE) vai equilibrar estímulos monetários e inflação ainda elevada.
Peso Mexicano: Pressão Antes Da Decisão Do Fed
O USD/MXN encontrou suporte perto de 18,00, com resistência imediata em 18,50. O par acumula queda recente, refletindo a força do peso, mas traders reduziram posições antes da decisão do Fed, elevando a volatilidade.
O comportamento do peso é estratégico para o Brasil, já que ambos os países são emergentes exportadores e sofrem pressões semelhantes em momentos de aversão ao risco.
Rupia Indiana: Força Relativa Contra O Dólar
O USD/INR caiu abaixo de ₹88, indicando recuperação da rupia indiana. Esse movimento reflete não apenas o corte do Fed, mas também expectativas de maior resiliência do mercado interno da Índia.
Contudo, emergentes seguem vulneráveis a choques externos, e qualquer sinal de recessão nos EUA pode inverter essa trajetória rapidamente.
Bitcoin E Ethereum: Volatilidade À Espera Do Fed
O Bitcoin (BTC/USD) recuou para perto de US$ 117.000, após tentar romper a resistência de US$ 120.000. O mercado ainda digere o impacto das decisões do Fed, já que a política monetária dos EUA influencia diretamente o apetite por risco dos grandes fundos que negociam criptoativos.
O Ethereum (ETH/USD) opera de forma semelhante, em faixa entre US$ 4.000 e US$ 8.800, aguardando definição de tendência. Uma postura dovish do Fed poderia impulsionar ambos rumo a novas máximas, mas sinais de cautela mantêm a volatilidade.
Prata: Olhos Voltados Para O Nível De US$ 45
A prata apresentou correção, mas analistas apontam que a estrutura segue altista. O suporte em US$ 40 é considerado chave, enquanto a superação de US$ 43,50 pode levar a nova tentativa de romper os US$ 45.
Para traders de forex, o movimento da prata costuma andar em correlação parcial com o ouro, funcionando como ativo complementar de proteção.
Dólar Australiano: Sinais Confusos No Curto Prazo
O par AUD/USD enfrenta resistência em 0,6650, mas a tendência de curto prazo é incerta. O dólar australiano mostra certa desconexão em relação ao apetite global por risco, o que exige cautela dos investidores.
No Brasil, esse par é menos negociado diretamente, mas serve como indicador do comportamento das moedas ligadas a commodities.
Comparativos Entre Ouro, Petróleo E Criptomoedas
O investidor forex pode usar a relação entre ativos para estruturar posições:
· Ouro vs. Petróleo: enquanto o ouro é proteção contra crises, o petróleo depende da atividade econômica. Em momentos de recessão, o ouro tende a subir e o petróleo a cair.
· Ouro vs. Criptomoedas: ambos são vistos como “alternativas” ao dólar, mas o ouro tem histórico secular de reserva de valor, enquanto as criptos carregam volatilidade extrema.
· Petróleo vs. Criptomoedas: embora não diretamente correlacionados, ambos reagem ao apetite global por risco. Um petróleo em queda costuma reduzir a confiança em emergentes, afetando também o interesse em ativos digitais.
Impacto Específico Para O Brasil: Real, Juros E Exportações
O Brasil se posiciona de forma estratégica nesse contexto.
· Real (USD/BRL): a moeda brasileira opera em R$ 5,30, sustentada pela Selic em 15%. Esse diferencial de juros ainda atrai fluxo estrangeiro para títulos públicos, valorizando o real no médio prazo.
· Exportações: a alta do ouro e da prata beneficia mineradoras brasileiras, enquanto o petróleo oscilante pressiona a balança comercial.
· Mercado de capitais: cortes nos EUA tornam os ativos brasileiros mais atraentes, mas a volatilidade global exige cautela.
Para o trader de forex, o Brasil ganha espaço como destino de carry trade, já que o real oferece alto rendimento diante da queda dos juros nos EUA, na Europa e no Japão.
Comparativos Entre Pares De Moeda
· EUR/USD vs. USD/BRL: enquanto o euro reflete movimentos do BCE, o real depende mais da Selic e do fluxo comercial. O real pode ter desempenho superior em momentos de forte diferencial de juros.
· USD/JPY vs. USD/BRL: o iene é tradicional refúgio, mas sem rendimento. O real, por outro lado, paga altos juros. Investidores globais escolhem entre segurança e retorno.
· GBP/USD vs. USD/BRL: a libra oscila com decisões do BoE, mas para emergentes, como o real, o apelo está no diferencial de juros, que tende a prevalecer.
Conclusão: Oportunidades E Desafios No Forex Atual
O panorama de hoje mostra que o mercado forex está em plena efervescência. O ouro em alta, o petróleo consolidado, o dólar pressionado por cortes de juros nos EUA e a movimentação de pares importantes como GBP/USD, USD/JPY, EUR/USD, USD/MXN e USD/INR oferecem oportunidades, mas também riscos elevados.
Para o investidor brasileiro, a combinação entre a Selic em 15%, o corte de juros nos EUA e a volatilidade das commodities cria um ambiente fértil para estratégias bem planejadas de hedge, especulação ou diversificação.
O mais importante é manter atenção redobrada aos bancos centrais, que seguem como principais motores do forex em 2025.
