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Ouro em Novo Recorde Histórico: Cotação Chega a R$ 634,68 por Grama em 09/09
Resumo:Nesta terça-feira, 09 de setembro de 2025, a cotação do ouro atingiu US$ 3.687 por onça-troy e R$ 634,68 por grama. Clique para saber mais!

Publicado em 09/09/2025
Introdução: A escalada do ouro em 2025
O ouro consolidou-se como o grande destaque dos mercados em 2025. Em meio a volatilidade global, tensões políticas nos EUA, guerra na Ucrânia e incertezas sobre a economia chinesa, o metal precioso rompeu mais uma vez um recorde histórico.
Nesta terça-feira, 09 de setembro de 2025, a cotação do ouro atingiu US$ 3.687 por onça-troy e R$ 634,68 por grama.
Esse patamar nunca havia sido registrado, reforçando o papel do ativo como porto seguro em tempos de crise.
Cotação do ouro hoje em dólar e em reais
· Em dólar (USD): o ouro opera em torno de US$ 3.687,30 por onça-troy, após ter alcançado a máxima intradiária de US$ 3.659,10;
· Em reais (BRL): o preço de referência chegou a R$ 634,68 por grama, refletindo tanto a valorização internacional do metal quanto a pressão cambial no Brasil.
Esse avanço representa uma alta acumulada de mais de 100% em três anos, já que no início de 2023 o ouro era negociado próximo a US$ 1.800/oz.
O que impulsiona o ouro: Federal Reserve e expectativas de corte de juros
O principal catalisador do rali atual é a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) reduza as taxas de juros já na próxima reunião, marcada para 17 de setembro de 2025.
De acordo com o CME FedWatch Tool, os investidores precificam uma probabilidade de 89,4% para corte de 25 pontos-base e 10,6% para corte de 50 pontos-base
Com juros mais baixos, o ouro se torna mais atraente, já que não oferece rendimento, mas ganha valor como reserva contra inflação e desvalorização do dólar.
O impacto do dólar mais fraco e da inflação global
A cotação também é sustentada pelo dólar mais fraco frente às principais moedas. O Índice DXY caiu 0,1%, refletindo a expectativa de política monetária mais flexível.
Além disso, os mercados enfrentam pressões inflacionárias persistentes, o que aumenta a busca por ativos protetores de valor real.
Essa dinâmica tem ampliado o apetite de fundos institucionais e de investidores individuais por ouro.
Cenário político nos EUA e as pressões sobre o Fed
O presidente Donald Trump elevou ainda mais a incerteza ao criticar publicamente a atuação do Fed. Ele chegou a prometer que irá “assegurar a maioria” dentro do banco central, abrindo espaço para cortes mais agressivos.
Há ainda expectativa de uma decisão judicial histórica sobre a possibilidade de Trump demitir a diretora Lisa Cook, o que colocaria em xeque a independência da autoridade monetária.
Esse cenário aumenta a percepção de risco e fortalece a demanda por ouro como proteção.
O ouro como ativo de reserva global: Compras de bancos centrais
Outro fator que sustenta a valorização é a forte compra de ouro por bancos centrais. Países como China, Índia, Turquia e Polônia têm elevado suas reservas, reduzindo a dependência do dólar.
No ano passado, o ouro ultrapassou o euro e se tornou o segundo maior ativo de reserva global, atrás apenas da moeda norte-americana;
Esse movimento estrutural reforça a demanda de longo prazo pelo metal.
Comparação com outros ativos: Petróleo, libra esterlina e bolsas globais
Enquanto o ouro renova recordes, o mercado de petróleo mostra recuperação moderada, com o Brent a US$ 67,01 e o WTI a US$ 62,91;
A libra esterlina (GBP/USD) também se valorizou, atingindo US$ 1,3572, sustentada pela expectativa de manutenção de juros no Reino Unido.
Já as bolsas europeias e americanas operam em alta, mas ainda com cautela diante da volatilidade.
Análise técnica: Suportes, resistências e projeções futuras
Do ponto de vista técnico, o ouro formou recentemente um triângulo ascendente, rompendo a resistência de US$ 3.500.
· Suporte principal: US$ 3.500
· Resistência imediata: US$ 3.700
· Projeção de curto prazo: US$ 3.800
Analistas apontam que qualquer correção deve ser vista como oportunidade de compra (“buy on dips”), com alvo em níveis ainda mais altos.
Perspectivas de médio e longo prazo: Pode chegar a US$ 5.000?
Segundo projeções do Goldman Sachs, se a independência do Fed for colocada em dúvida, o ouro pode atingir até US$ 5.000 por onça nos próximos anos.
Esse cenário ganharia força caso investidores institucionais migrem parte de suas alocações em Treasuries para ouro físico ou fundos atrelados ao metal.
O ouro no Brasil: Reflexos para investidores locais
Para o investidor brasileiro, a cotação do ouro em reais acima de R$ 634 por grama representa um novo patamar histórico.
Isso gera impacto em:
· ETFs de ouro negociados na B3 (como o GOLD11);
· Fundos de investimento em metais preciosos;
· Jóias e ouro físico, que ficam mais caros.
Ao mesmo tempo, reforça a atratividade do metal como proteção contra a inflação doméstica e a volatilidade do real.
Estratégias de investimento: Como aproveitar o rali do ouro
Traders de Forex e investidores brasileiros podem se expor ao ouro de diferentes maneiras:
· Negociação direta do XAU/USD em corretoras regulamentadas;
· Exposição via pares cruzados, como XAU/BRL;
· ETFs e fundos lastreados em ouro;
· Compra de ouro físico (barras, moedas e certificados).
Para traders de curto prazo, a estratégia de “comprar nos recuos” segue predominante. Já para investidores de longo prazo, manter 2% a 5% do portfólio em ouro é visto como proteção eficiente.
Riscos envolvidos na negociação do ouro em Forex
Apesar da tendência positiva, o mercado apresenta riscos:
· Correções bruscas após longas sequências de alta;
· Decisões inesperadas de bancos centrais;
· Força repentina do dólar em cenários de aversão ao risco;
· Liquidez reduzida em determinados horários de negociação.
Portanto, a gestão de risco é essencial para evitar perdas expressivas.
Conclusão: O que esperar do ouro em setembro de 2025
O ouro vive um momento histórico, com recorde em dólares e reais. A expectativa de cortes de juros nos EUA, somada às tensões políticas e à busca global por ativos de proteção, cria um ambiente altamente favorável ao metal.
Para o investidor brasileiro, o cenário confirma o ouro como ativo estratégico, tanto em operações de curto prazo no Forex quanto em alocações de longo prazo para proteção patrimonial.
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